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CNH sem autoescola: o que muda para motoristas e seguradoras
A proposta de permitir a CNH sem autoescola tem movimentado o mercado de seguros e levantado diversas dúvidas entre motoristas, instrutores e seguradoras. A medida promete reduzir custos e simplificar o processo de habilitação, mas também traz impactos diretos para o seguro auto, especialmente na forma como o risco será avaliado e precificado.
O que é o projeto de CNH sem autoescola
O governo federal estuda uma flexibilização que permitirá aos candidatos tirarem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sem a obrigatoriedade de frequentar uma autoescola. A proposta busca reduzir a burocracia e o custo do processo, que atualmente ultrapassa R$ 2.500 em algumas regiões do país.
O candidato continuaria sendo avaliado pelo Detran, com provas teórica e prática, mas poderia se preparar de forma independente, com aulas particulares ou acompanhamento de instrutores autônomos.
O fim da exigência de carros com duplo comando
Hoje, veículos utilizados por autoescolas são equipados com duplo comando de freio e embreagem, justamente para aumentar a segurança durante as aulas. A proposta do governo, no entanto, não exige mais o uso de carros com duplo comando nas aulas práticas ou nos exames.
Essa mudança levanta um ponto sensível: a segurança durante o aprendizado. Sem o sistema de duplo comando, o risco de acidentes aumenta, especialmente entre condutores iniciantes. E esse é um fator que pode influenciar diretamente na forma como as seguradoras vão avaliar e precificar esses novos motoristas.
Como o mercado de seguros deve reagir
O mercado de seguros acompanha o tema de perto. A precificação de um seguro auto é feita com base em critérios como idade, histórico de sinistros, tipo de veículo, local de uso e experiência do condutor.
Com a possível formação sem autoescola, surgem novas dúvidas:
- Como medir a experiência de um motorista que aprendeu de forma independente?
- Haverá um aumento nos índices de sinistros entre condutores recém-habilitados?
- As seguradoras vão exigir novas comprovações de capacitação?
Segundo especialistas do setor, o mercado deve passar por um período de ajustes e testes até encontrar um equilíbrio na análise de risco. É provável que, nos primeiros anos, as seguradoras adotem uma postura mais conservadora, com valores de prêmio ligeiramente mais altos para novos condutores sem vínculo com autoescolas.
Desafios para o seguro de autoescolas e instrutores
Atualmente, as autoescolas contam com seguros específicos para suas frotas, justamente por se tratar de veículos em uso constante, com alto risco de colisão e múltiplos condutores. Caso a flexibilização entre em vigor, o formato tradicional de seguro para autoescolas deve ser repensado.
Instrutores autônomos, por exemplo, precisarão contratar seguros com coberturas adaptadas, incluindo proteção para terceiros e alunos, já que a responsabilidade civil em caso de acidente pode recair sobre o instrutor.
Além disso, a ausência do duplo comando pode aumentar o custo dessas apólices, pois o risco de danos ao veículo e a terceiros se torna mais alto.
O impacto para o consumidor
Do ponto de vista do motorista, a proposta traz vantagens financeiras imediatas. Poder aprender com um instrutor particular, sem a necessidade de arcar com os custos de uma autoescola completa, representa uma economia considerável.
Por outro lado, é essencial considerar o aspecto da segurança e da responsabilidade. A formação técnica e prática oferecida pelas autoescolas é projetada para garantir que o novo motorista esteja preparado para lidar com situações reais no trânsito.
Sem essa estrutura, a qualidade da formação pode variar bastante, o que pode refletir em mais acidentes e prêmios de seguro mais altos a longo prazo.
Caminhos possíveis para o setor
As seguradoras devem investir em modelos mais personalizados de precificação, usando dados de comportamento de direção obtidos por aplicativos ou dispositivos telemáticos. Assim, mesmo motoristas sem experiência formal poderiam comprovar boas práticas ao volante e, com o tempo, ter redução no valor do seguro.
Essa tendência de seguro por perfil comportamental já vem ganhando espaço no Brasil e pode ser acelerada com a aprovação do novo modelo de CNH.
Também é possível que o setor público e o privado criem programas de certificação ou cursos online para validar a capacitação dos novos condutores, oferecendo mais segurança jurídica para seguradoras e clientes.
Mais liberdade, mais responsabilidade
A flexibilização da CNH pode representar um avanço em termos de liberdade individual, mas exige maturidade e consciência de risco por parte dos novos motoristas. Para as seguradoras, o desafio é equilibrar acessibilidade e segurança sem comprometer a sustentabilidade do sistema.
Para quem está pensando em tirar a habilitação, o ideal é acompanhar as atualizações do projeto e buscar orientação de uma corretora de seguros de confiança. Assim, é possível entender o impacto das mudanças no seu perfil, nas coberturas disponíveis e nas oportunidades de economizar sem abrir mão da proteção.
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